Nossos dias estão cada vez mais atribulados, nossas agendas mais lotadas e nossas horas rendem pouco trabalho e muita fadiga física e mental. Recorremos à cafeína, maca peruana e outros estimulantes, mas isso não resolve o problema: nosso cérebro continua fraco, e terminado o efeito que nos deixa “ligados”, tudo parece voltar à estaca inicial. Mas e então, o que fazer?
Profissionais que trabalham com prazos apertados, em funções estressantes ou fisicamente desgastantes, costumam recorrer à pequenos escapes para tentar resolver isso. Não que o happy hour não seja socialmente saudável, mas aquela cervejinha não ajuda em nada se você está apresentando sintomas de fadiga – e pode até tornar as coisas mais difíceis.
Esse foi um dos pontos abordados por Martha Gabriel em sua fala para mais de seis mil profissionais de marketing digital e vendas em um dos eventos mais importantes da área na América Latina. Renomada professora universitária, escritora e consultora de marketing e educação, Martha falou sobre como técnicas de neurobusiness comprovadas pelas neurociências podem ajudar a aumentar nossa produtividade e manter nossa saúde física e mental em dia.
Um dos pontos que ela tratou foi justamente o de diminuir o consumo de álcool, além de dormir bem e fazer exercícios físicos. Parace bastante óbvio, mas nunca damos muita atenção a estas coisas até que seja tarde demais ou que alguém nos fale sobre.
Em outro momento, Martha falou sobre como alguns alimentos ajudam a impulsionar nossas funções cerebrais a curto prazo, além de trazerem benefícios duradouros. Ela falava das castanhas, sementes e nozes, já bastante populares entre concurseiros como fonte de energia mesmo em poucas unidades.
Pequenas e nutritivas
De fato, nozes, sementes e castanhas são ricas em carboidratos, o que as torna uma excelente fonte de energia. Mas o que as destaca de outros alimentos que também poderiam suprir essa mesma necessidade, é a presença de antioxidantes, especialmente em nozes – principalmente a noz pecan, que está entre as mais bem posicionadas na lista das oleaginosas.
Agora se você está se perguntando o que isso tem a ver com a sua saúde e como isso pode ajudar a prevenir a fadiga mental, preste atenção: nós ficamos assim porque exigimos demais de nosso cérebro, sobrecarregando-o; logo, precisamos cuidar de sua saúde, e é aí que entram uma série de aliados, dentre eles os antioxidantes. Um em especial pode ser bastante útil: a vitamina E.
Para quem pensou que ir até a farmácia e encher a cestinha com suplementos é uma boa ideia, é importante lembrar que até vitaminas trazem prejuízos para a saúde se consumidas em doses não reguladas. Por isso, o melhor conselho neste caso é: coma pecans.
Como funciona
As pecans são ricas em vitamina E, que ajuda a proteger os tecidos dos efeitos destrutivos dos radicais livres. Uma coisa importante sobre esse nutriente, é que ele é lipossolúvel, ou seja, solúvel em gordura, tornando-o extremamente eficiente na prevenção da oxidação das membranas celulares.
O que torna a vitamina E tão atrativa para quem se preocupa com a saúde de seu cérebro, é o fato de que ele é uma das partes de nosso corpo mais ricas em lipídios. Sendo assim, está constantemente à mercê da oxidação lipidica.
Isso é tão sério que uma pesquisa descobriu que pessoas que ingerem uma quantidade saudável de vitamina E possuem cérebros mais saudáveis, na medida em que apresentam taxas menores de declínio cognitivo. Ou, em outras palavras, isso ajuda a evitar aqueles episódios de esquecimento e falta de foco que apresentamos quando estamos cansados, estressados ou sobrecarregados de trabalho. Além disso, o declínio cognitivo também é efeito da idade, o que significa que você pode entrar na velhice seu cérebro bem protegido.
Pecans são ricas em vitamina E, nutriente essencial para a saúde do cérebro.
Pecans são ricas em vitamina E, nutriente essencial para a saúde do cérebro. Fonte da imagem: Juditu/Morguefle.
O papel da noz pecan
O consumo da noz pecan neste caso é recomendado devido à grande quantidade de vitamina E presente em sua composição: fica na casa dos 2,5 mg por porção de 100 g de pecans não tostatas. Isso representa mais de 20% do consumo diário deste nutriente recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade vê a pecan como um complemento importante à alimentação, dada a sua carga nuricional que vai muito além da vitamina E.
Para quem prefere consumir as nozes tostadas ou incorporá-las à receitas, a quantidade de vitamina E reduz para aproximadamente 1,8 mg para cada 100 g de pecans. Ainda assim, uma excelente proporção.
A dica da Martha Gabriel estava certa, a questão agora é saber quanto tempo você vai levar para levantar da cadeira ou do sofá e correr até a loja de produtos naturais mais próxima e começar a incluir as pecans na sua dieta.
Bibliografia
MORRIS, M.C. et al. Vitamin E and cognitive decline in older persons. Arch Neurol 2002; 59: 1125-32.
DEPARTMENT OF AGRICULTURE, Agricultural Research Service. 2010. USDA National Nutrient Database for Standard Reference, Release 23. Disponível em . Acesso em 21 de set. 2017.
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